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Boas Novas
O tratamento para eliminar pedras nos rins tem evoluído com a medicina. Um equipamento de última geração, importado da Alemanha, com peças desenvolvidas pela Siemens, pode ajudar o Brasil a avançar ainda mais nessa área.

O tratamento, chamado de Litotripsia, elimina cálculos renais entre meio e dois centímetros e meio através de ondas eletromagnéticas, sem a necessidade de cirurgia. A máquina cria uma onda em uma bolha de água, dentro da ogiva do equipamento, segundo Dr. Celso de Oliveira, urologista do Hospital Santa Isabel.

 

“Essa onda, por ter sido gerada na água, atravessa o tecido, os órgãos e até mesmo os ossos porque nosso organismo é constituído em 90% de água. Ao encontrar a pedra renal, que não tem água em sua composição, causa um impacto que desfragmenta o cálculo e permite sua eliminação pela urina", diz.

O método já é muito usado em todo mundo, o que permite novos avanços nas tecnologias envolvidas no processo. Em maio, começou a funcionar um equipamento com peças da Siemens, no Hospital Santa Isabel. Segundo o Dr. Frederico Carbone Filho, Diretor Médico e Assistencial do Hospital Santa Isabel, o equipamento tem uma eficiência melhor do que a dos aparelhos convencionais. “Por meio de um equipamento de ultrassonografia, o médico pode ter total precisão nas ondas de choque emitidas”, afirma.

A nova tecnologia ajuda a pulverizar os cálculos com uma precisão ainda maior. “O bombardeio do cálculo é melhor, o que permite um resultado mais satisfatório ao paciente e uma recuperação mais rápida”, diz Dr. Carbone. Por ser um método mais preciso, a pedra é quebrada em pedaços menores, o que facilita a saída pela urina. Isso torna o tratamento mais seguro, que causa menos hematomas renais.

A litotripsia é um tratamento menos invasivo porque é extracorpóreo. Não exige corte e não agride o paciente, apenas entra em contato com a pele. Quando encontra o cálculo, uma substância sólida, consegue fragmentar as pedras, o que pode causar um pouco de dor. Por isso, o tratamento é feito com uma sedação anestésica, assim como uma endoscopia.

Além da pulverização dos cálculos, o equipamento permite, caso haja a necessidade, a colocação de um cateter interno entre a bexiga e o rim, o que facilita a eliminação das partículas da pedra. O tratamento é rápido, com a vantagem de o paciente poder ir para casa no mesmo dia.

A incidência de cálculos renais na população é muita alta, segundo Dr. Oliveira. "Um terço da população mundial sofre de cálculos renais. O perfil desse doente é geralmente de pessoas entre 20 e 40 anos, ou seja, pessoas extremamente ativas e que trabalham. A vantagem do procedimento é que o paciente é liberado no mesmo dia e pode voltar às suas atividades normalmente no dia posterior", afirma Dr. Oliveira.

Após a seção de aproximadamente 40 minutos, o paciente é liberado e não precisa da intervenção de medicamentos, apenas caso a eliminação dos fragmentos cause dor, um sintoma considerado raro. Em casos mais graves, com pedras maiores, pode ser necessário fazer uma segunda seção.

O tratamento é contraindicado em mulheres grávidas, pessoas com problemas de coagulação ou que tomem algum medicamento anticoagulante. Para evitar pedras nos rins, os médicos recomendam a ingestão de líquidos e uma alimentação equilibrada. Quem ingere muito cálcio, como leite, queijo e derivados está mais propenso a ter pedra nos rins.


Fonte: Exame Info

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