Pelo menos 14 pessoas foram mortas e mais de 50 pessoas ficaram feridas. Além de que mais de 900 pessoas tiveram que deixar suas casas, segundo balanço feito neste domingo.
As equipes de resgate redobraram, neste domingo (5), seus esforços para encontrar sobreviventes da erupção do vulcão Semeru, na Indonésia, que causou pelo menos 14 mortos e dezenas de feridos.
O vulcão, localizado ao leste da ilha de Java, projetou uma grande nuvem de cinzas no sábado após as 15h (3h no horário de Brasília), provocando pânico entre os residentes das aldeias vizinhas e cobrindo a região ao redor da cratera com uma camada espessa de cinzas.
"O número de mortos agora chega a 14. As equipes de resgate acharam mais corpos", informou à AFP o porta-voz da agência de resgate, Abdul Muhari. A primeira vítima foi encontrada no sábado.
Cerca de doze pessoas que ficaram presas em uma mina por causa da erupção foram resgatadas, segundo ele.
A erupção deixou pelo menos 56 feridos, dos quais 41 sofreram queimaduras, informou a agência.
As projeções de cinzas do vulcão surpreenderam os habitantes da região no sábado. Vídeos que circulam na internet mostram as pessoas fugindo de uma enorme nuvem cinza.
Sinais de vida de desaparecidos
Pelo menos 11 vilarejos no distrito de Lumajang foram cobertos por uma espessa camada de cinzas que quase enterrou completamente algumas casas e veículos e matou o gado.
Cerca de 900 pessoas tiveram que pernoitar em abrigos e mesquitas.
As operações de evacuação foram temporariamente suspensas na parte da manhã deste domingo devido a nuvens de cinzas, informou o canal Metro TV, destacando as dificuldades enfrentadas pelos socorristas.
As fortes chuvas também podem causar ondas de lama quente, carregando cinzas e detritos, alertou o vulcanologista indonésio Surono.
Pelo menos sete pessoas ainda estão desaparecidas, duas das quais podem estar vivas, segundo afirmou o porta-voz da polícia de Lumajang, Adi Hendro, à AFP.
"Há sinais de vida, como luzes, que podem estar vindo de telefones celulares", explicou.
"Mas não podemos chegar até elas porque o terreno ainda está muito quente. Também precisamos garantir a segurança das nossas equipes."
Cenário de desolação
A erupção destruiu pelo menos uma ponte em Lumajang, dificultando o trabalho das equipes de resgate.
Em um vídeo compartilhado pelo serviço de resgate, é possível ver um cenário de desolação, com telhados e palmeiras emergindo das cinzas e escombros cobrindo o solo, em uma paisagem que se tornou cinza-escura.
As autoridades pediram aos residentes que não se aproximem a menos de 5 km da cratera porque o ar saturado de poeira de cinzas na área é perigoso para pessoas vulneráveis.
Gêneros alimentícios, máscaras e sacos mortuários foram encaminhados para o local pelos serviços de emergência.
O Monte Semeru, o pico mais alto de Java, chega a 3.676 metros.
Sua última grande erupção foi em dezembro de 2020. Na ocasião ela também causou a fuga de milhares de pessoas e cobriu aldeias inteiras. Desde esse episódio, as autoridades mantiveram o nível de alerta do vulcão no segundo nível mais alto.
A Indonésia fica no chamado Círculo de Fogo do Pacífico, onde o encontro das placas continentais causa alta atividade sísmica.
Esse arquipélago do Sudeste Asiático tem quase 130 vulcões ativos em seu território.
No fim de 2018, a erupção de um vulcão entre as ilhas de Java e Sumatra causou um terremoto subaquático e um tsunami, matando quase 400 pessoas.
Fonte: R7 Notíciais.