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China faz testes na natureza para resgates e mapeamento

No início desta semana, a China realizou teste curioso: pôs um enxame de drones a voar em conjunto em direção um alvo a muitos metros de distância, desviando de obstáculos, morros e passando por pequenos espaços nas plantações. O experimento, realizado por cientistas da Universidade de Zhejiang, foi publicado na última quarta-feira (4) na revista Science Robotics e tem como objetivo melhorar operações de resgate e segurança.

De acordo com os autores do estudo, os dispositivos poderiam ser usados em desastres naturais, como terremotos, onde identificariam as partes mais danificadas e enviariam ajuda. Também seria possível mapear estruturas em risco sem a necessidade de mandar humanos para as mesmas.

Os drones utilizados para os testes não dependem de GPS e seriam operados de forma coordenada, coletando informações em tempo real aos seus operadores. Como a autonomia de uma só maquina é reduzida, o enxame poderia ser útil para suprir essa lacuna.

Filmes Star Wars e Blade Runner 2049 inspiraram o projeto

Os pesquisadores responsáveis tem na cultura pop algumas de suas referências - filmes como "Star Wars" e "Blade Runner 2049" utilizam a tecnologia e inspiraram os autores no projeto.

"A capacidade de navegação e de coordenação dos enxames de drones nestes filmes inspirou muitos. Aqui, estamos dando um passo rumo a esse futuro", escreveram os cientistas.

"Nosso trabalho se inspirou nas aves, que voam suavemente em revoadas inclusive através de florestas densas", comentou Xin Zhou, um dos líderes do estudo. Algumas das experiências incluíram voos por dentro de bambuzais e com pessoas no caminho para que os dispositivos desviassem e se mantivessem em formação.

Não é a primeira vez que um enxame é testado, mas o tipo de lugar onde foram soltos é inédito - sem ser em ambientes com obstáculos em posições previamente conhecidas pelas máquinas e configuradas em algoritmos.

"Esta é a primeira vez que um enxame de drones voou com sucesso ao ar livre em um ambiente não estruturado, na natureza", comentou Enrica Soria, da Escola Politécnica Federal de Lausanne, na Suíça, à agência de notícias AFP. "[Eles] podem determinar seu entorno por si próprios, mapeá-lo e depois planejar sua trajetória."

E não para por aí: os dispositivos poderiam ser utilizados também em atividades militares, já que as principais forças bélicas do planeta trabalham com drones. O Pentágono - dos Estados Unidos - tem interesse na tecnologia e também a testa por conta própria.

Ainda não se sabe quando os enxames serão utilizados com frequência. De acordo com Soria, dependerá de mais fatores do que somente análises de funcionalidade.

"Não estamos tão longe [disso]", comentou. "É preciso fazer mais testes em ambientes ultradinâmicos, imitando cidades - onde veículos e pedestres se cruzam. Também será preciso aprovar regulamentos, o que leva tempo."

"Nos próximos anos poderemos ter sistemas muito confiáveis", concluiu.

 

 

 

Fonte: mundo conectado.

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