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Planeta Vivo
Avaliação mais precisa e abrangente já feita sobre o degelo mostra que o fenômeno levou ao aumento de 11 milímetros no nível do mar desde 1992 - e vem mais por aí.



Quatro trilhões de toneladas. Esse é o volume estimado de gelo que derreteu ao longo dos últimos 20 anos na Groelândia e na Antártica, segundo um novo estudo realizado por uma equipe internacional de pesquisadores apoiados pela NASA e pela Agência Espacial Europeia (ESA), e publicado nesta sexta-feira na revista científica Science.

Combinando dados de vários satélites e aeronaves para produzir a avaliação mais abrangente e precisa sobre a perda de gelo nos pólos, os cientistas chegaram a números preocupantes. O volume de gelo que virou água no período contribuíu para o aumento de 11 milímetros no nível do mar, uma forte evidência do aquecimento global. E vem mais por aí.

 

 

Juntas, essas duas camadas estão perdendo até três vezes mais gelo por ano (equivalente a um aumento de 0,95 milímetros no nível do mar) do que na década de 1990 (com aumento de 0,27 milímetros). Cerca de dois terços da perda está vindo da Groenlândia, e o restante da Antártica.

Essa taxa de redução vem ao encontro do que era previsto em 2007 pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). A dúvida que havia até então era se a cobertura da Antártica estava crescendo ou diminuindo.

Segundo as novas estimativas - que são duas vezes mais precisas que a anterior - o continente gelado está sim derretendo, e junto com a Groelândia, é responsável por nada menos do que um quinto da elevação total do nível do mar desde 1992. O restante é causado pela expansão térmica do aquecimento do oceano, o derretimento das geleiras de montanhas e calotas polares do Ártico.

"Ambas as camadas glaciares parecem estar perdendo mais gelo agora do que há 20 anos, mas o ritmo de perda da Groenlândia é extraordinário, com um aumento de quase cinco vezes desde meados de 1990", diz o cientista da Nasa, Erik Ivins, em comunicado oficial.

"O que é único sobre este estudo é que ele reuniu os principais cientistas e todos os diferentes métodos para estimar a perda de gelo", complementa Tom Wagner, gerente de programa da Agência em Washington. Os resultados, segundo os cientistas, terão peso fundamental no quinto relatório do IPCC, cuja divulgação deve se estender entre o fim do ano que vem e 2015.

 

Fonte: Exame

 

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