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Boas Novas
Um novo tipo de vacina contra a malária que imita os efeitos das picadas do mosquito demonstrou resultados iniciais promissores, ao fornecer uma proteção total a uma dúzia de voluntários humanos, anunciaram cientistas esta quinta-feira.

A vacina PfSPZ, do laboratório Sanaria, com sede em Maryland, contém parasitas vivos e é complicada de ser feita porque exige que os cientistas dissequem as glândulas salivares dos mosquitos para alcançar os parasitas Plasmodium, que causam malária.

vacina, dois anos atrás, administrada na pele dos pacientes, forma como é aplicada a maioria das vacinas, imunizou apenas 44 voluntários. Mas o último teste demonstrou que injetar a vacina na corrente sanguínea garantiu proteção contra a malária nos seis voluntários que receberam cinco injeções com a dosagem mais alta, segundo resultados publicados na revista científica americana Science.

Seis dos nove voluntários de um grupo separado, que tomaram quatro injeções com a dose mais elevada - 135.000 esporozoários por injeção - também ficaram totalmente imunizados contra a malária, afirmou.

O estudo foi feito com 57 pessoas, incluindo 40 que tomaram a vacina em doses variadas e 17 de um grupo de controle. O co-autor do estudo, Robert Seder, do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas disse à Science que as descobertas são "muito promissoras", mas afirmou que a vacina precisa de mais estudos. "Precisamos repeti-lo (o teste) com um grande número de pessoas."

O principal pesquisador, Stephen Hoffman, diretor-executivo do Sanaria, também trabalha com engenheiros da Universidade Harvard para automatizar o processo de dissecar os mosquitos, destacou a Science. A companhia atualmente emprega "de 12 a 15 'dissecadores', cada um capaz de destrinchar cerca de 150 mosquitos por hora."

A vacina PfSPZ do Sanaria contém "parasitas vivos enfraquecidos e purificados da malária que não causam a doença", destacou o comunicado. "Embora ainda estejamos nos primeiros estágios de teste, acreditamos que esta vacina vá ser usada para eliminar a malária", disse Hoffman. "É razoável sugerir que dentro de três a cinco anos, uma vacina segura e confiável poderá ser uma realidade comercial e fornecer benefícios médicos para uma enorme população."

Em seguida, uma série de pequenos testes clínicos estão planejados para Tanzânia, Alemanha e Estados Unidos. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a malária infectou 220 milhões de pessoas em 2010 e matou 660.000. A maioria das mortes foi registrada entre crianças da África.


Fonte: AFP

 

 

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