O governo espanhol aprovou nesta terça-feira (28) um pacote de ajuda direta de 10,5 milhões de euros para adquirir casas e itens de primeira necessidade para quem perdeu tudo pela erupção do vulcão na ilha de La Palma (sudoeste).
É um pacote de "ajuda imediata para os moradores que continuam desolados pelo avanço da lava e perderam tudo", disse à imprensa a porta-voz do governo, Isabel Rodríguez.
Cerca de 5,5 milhões dos 10,5 milhões de euros serão destinados a 107 casas, sejam para venda ou aluguel, que possam ser imediatamente ocupadas", explicou a porta-voz.
O restante será dedicado à compra de itens necessários para a vida cotidiana, como eletrodomésticos.
"Precisamos dar uma resposta rápida e eficaz", acrescentou a ministra.
O auxílio se ampara na declaração de área de catástrofe para esta ilha de 85.000 habitantes do arquipélago das Canárias, afetada há oito dias pela erupção do vulcão Cumbre Vieja.
O fluxo de lava já destruiu 589 edifícios - nem todos eles de moradia - e cobriu 258 hectares nesta ilha de 85.000 habitantes que vive do cultivo de bananas e do turismo, segundo o sistema de medição geoespacial europeu Copernicus. Mais de 6.000 pessoas tiveram que abandonar suas casas, mas não há registro de feridos ou mortos até o momento.
Nesta terça-feira, a lava estava a cerca de 800 metros do mar, um encontro que não é certo de acontecer, mas que desperta preocupação porque pode gerar explosões, ondas de água fervente ou nuvens tóxicas, de acordo com a página do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS).
A chuva de cinzas chegou a deixar sem funcionar por 24 horas o aeroporto de Santa Cruz de Palma no fim de semana. Embora agora esteja teoricamente funcionando, não está recebendo voos.
Sánchez prometeu na semana passada na ilha que iria aprovar "auxílios imediatos destinados a facilitar a moradia para afetados (...) e adquirir itens e objetos necessários que tenham perdido, para seu dia a dia".
Esses auxílios devem "garantir a manutenção e abastecimento de algo muito importante nesta ilha, como o sistema de irrigação", acrescentou.
Ele afirmou que permitiria "o restabelecimento da mobilidade e do transporte de pessoas", após a destruição - nesta terça-feira - de 21 quilômetros de estradas e a concessão de seguro-desemprego para aqueles que perderam seu emprego pela catástrofe.
Fonte: Noticias.uol