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Humanidade
Israel lança ofensiva contra gaza e mata líder do Hamas.



Israel lançou uma grande ofensiva contra militantes palestinos na Faixa de Gaza , matando o comandante militar do Hamas em um ataque aéreo e ameaçando uma invasão do território, ofensiva que o grupo islâmico prometeu "abrir as portas do inferno".

O ataque destruiu a esperança de que uma trégua mediada pelo Egito na terça-feira pudesse afastar os dois lados de uma guerra, depois de cinco dias de crescentes ataques de foguetes palestinos e ações israelenses contra alvos militantes.

A operação "Pilar da Defesa" começou com um ataque cirúrgico a um carro que transportava o comandante do braço militar do Hamas, o movimento islâmico que controla Gaza e domina uma legião de pequenos grupos armados.

Poucos minutos depois da morte de Ahmed Al-Jaabari, grandes explosões atingiram Gaza, enquanto a força aérea israelense atacava alvos selecionados pouco antes do pôr do sol, provocando nuvens de fumaça e detritos sobre a populosa cidade.

Civis em pânico correram em busca de refúgio e o número de mortos aumentou rapidamente. Dez pessoas, incluindo três crianças, morreram, segundo o Ministério da Saúde, e cerca de 40 ficaram feridas. Também entre os mortos estavam um bebê de 11 meses e uma grávida de gêmeos.

Tanques do Exército atacaram áreas na fronteira com Gaza no sul e a Marinha israelense bombardeou uma base de segurança do Hamas a partir do mar.

O Hamas revidou, disparando no mínimo quatro foguetes Grad contra a cidade de Beersheba, no sul, no que chamou de resposta inicial. Israel registrou danos, mas não vítimas. Seu interceptador de defesa "Cúpula de Ferro" abateu uma dezena de foguetes em voo.

A escalada da violência em Gaza aconteceu na semana em que Israel atacou posições de artilharia da Síria que teriam disparado contra as Colinas de Golã em meio à guerra civil na Síria que trouxe instabilidade renovada ao vizinho Líbano.

 

O Egito, cujo novo governo islâmico prometeu honrar o tratado de paz de 1979 com Israel, condenou a ofensiva como uma ameaça à segurança regional, chamou de volta o seu embaixador em Israel e pediu uma sessão de emergência do Conselho de Segurança da ONU.

A Rússia também pediu o fim dos confrontos, e chanceleres da Liga Árabe devem se reunir no sábado para discutir a crise.

DEZENAS DE ALVOS

Uma segunda guerra em Gaza está no horizonte há meses com o crescimento dos ataques de foguetes palestinos e ofensivas israelenses, que se tornaram mais frequentes.

Uma operação israelense entre 2008 e 2009 teve início após uma semana de ataques aéreos e bombardeios, seguidos de uma invasão terrestre da faixa costeira bloqueada. Cerca de 1.400 palestinos e 13 israelenses morreram.

As Forças de Defesa de Israel disseram que alvejaram dezenas de bases subterrâneas de lançamento de foguetes de médio alcance e infraestrutura do Hamas nos ataques desta quarta-feira.

"Isso danificou significativamente as capacidades de lançamento, como armazéns de munições de propriedade do Hamas, e outras organizações do terror também foram alvejadas. Ainda, os soldados da Marinha israelense atacaram vários locais de terror do Hamas ao longo do litoral da Faixa de Gaza", afirmou em comunicado.

A sede de segurança interna do Hamas no sul de Gaza foi destruída. Não houve feridos porque foi esvaziada. Após o anoitecer, Gaza parecia uma cidade fantasma, sem tráfego, pessoas e iluminação, além de lojas fechadas.

MORTO EM SEU CARRO

O Hamas disse que Jaabari, que dirigia o braço armado da organização, Izz el-Deen Al-Qassam, morreu junto com um fotógrafo do Hamas quando o carro em que estavam foi atingido por mísseis israelenses.

Os destroços carbonizados e mutilados do carro puderam ser vistos em chamas, enquanto equipes de emergência recolhiam o que pareciam ser partes de corpos.

Israel confirmou ter realizado o ataque e anunciou haver mais por vir. Testemunhas da Reuters viram instalações de segurança do Hamas e delegacias de polícia destruídas.

"Hoje transmitimos uma mensagem clara à organização Hamas e outras organizações terroristas", disse o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. "E se houver necessidade, as Forças de Defesa de Israel estão preparadas para ampliar a operação. Continuaremos fazendo de tudo para proteger nossos cidadãos."

Chamados por vingança foram imediatamente transmitidos pela rádio do Hamas.

"A ocupação abriu as portas do inferno", disse o braço armado do Hamas. Grupos menores também prometeram atacar.

"Israel declarou guerra contra Gaza e eles vão arcar com a responsabilidade pelas consequências", disse a Jihad Islâmica.

Comunidades israelenses no sul do país, dentro do alcance de foguetes de Gaza, estão em alerta total, e as escolas estarão fechadas na quinta-feira. Cerca de um milhão de israelenses vivem na área de alcance do foguetes relativamente primitivos, porém letais, disparados de Gaza, suplementados nos últimos meses por sistemas de longo alcance mais precisos.

"Os dias que enfrentaremos no sul, na minha opinião, provarão prolongados", disse o brigadeiro-general Yoav Mordechai, porta-voz militar de Israel, disse à emissora de TV Channel 2.

gabinete de Israel deu autorização preliminar nesta quarta-feira para a mobilização de tropas militares de reserva, caso seja necessário, afirmou o gabinete de Netanyahu.

Questionado sobre se Israel poderia mandar tropas terrestres, Mordechai disse: "Há preparativos, e se somos obrigados a (fazê-lo), a opção de uma entrada por terra está disponível."

O presidente israelense, Shimon Peres, informou o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, sobre a operação, de acordo com o gabinete de Peres. Ele disse a Obama que Jaabari era um "assassino em massa" e que sua morte era uma resposta de Israel aos disparos de foguetes palestinos desde Gaza.

O líder do Hamas na Faixa de Gaza, Ismail Haniyeh, pediu aos países árabes, especialmente o Egito, que contenham a ofensiva. Os seis países do Conselho de Cooperação do Golfo disseram que o Conselho de Segurança da ONU deve pressionar Israel.

Chanceleres árabes irão se reunir no sábado no Cairo, sede da Liga Árabe, para discutir o ataque israelense contra Gaza, disse o chefe do grupo árabe, Ahmed Ben Helli, à Reuters.

O Hamas governa Gaza desde 2007 e não reconhece o direito de Israel de existir.

 

Fonte: Reuters

 

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