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Índia se prepara para enviar nova missão à Lua após 10 anos

A segunda tentativa da Índia para explorar a Lua provavelmente começará em março de 2018, anunciou o ministro da Energia Atômica e do Espaço. A missão não tripulada lançará luz sobre o ambiente do satélite da Terra uma década depois que o contato foi perdido com o módulo indiano anterior.

A agência espacial nacional – Organização de Pesquisa Espacial Indiana (ISRO) – iniciará a jornada lunar da missão Chandrayaan-2, no início do próximo ano, informou a mídia local, citando Jitendra Singh, que anunciou as notícias na última segunda-feira na Conferência Asiática sobre Teledetecção em Nova Deli.

"É logicamente uma extensão da missão Chandrayaan-1", disse o diretor de projeto da ISRO, Mylswamy Annadurai, citado pela revista Nature. A segunda missão acontecerá quase uma década depois da primeira missão da Índia à Lua, quando o país lançou a missão Chandrayaan-1 em 2008.

Embora a espaçonave – que tinha a perspectiva de cumprir a missão de dois anos – tenha perdido contato com a Terra apenas após 10 meses da sua expedição, um de seus instrumentos detectou e confirmou gelo de água na superfície da Lua antes da agência espacial norte-americana, a NASA.

Enquanto isso, a missão Chandrayaan-2 está orientada para metas ainda mais desafiadoras, incluindo um pouso controlado ou suave com sistemas de orientação avançados.

O ISRO também está planejando enfrentar o pó lunar flutuante com um instrumento especial chamado Anatomia de Rádio da Ionossfera e Atmosfera Hipersensíveis à Lua (RAMBHA). O pó lunar provou ser problemático, já que ele entra em todos os lugares e danifica equipamentos, desde trajes espaciais até máquinas.

A missão Chandrayaan-2 também está configurada para reunir medidas térmicas perto da região polar da Lua, "para consolidar ainda mais os resultados da primeira missão e adicionar novos com análise in situ da superfície lunar e ionosfera", de acordo com Annadurai.

Embora ambicioso, o projeto vem a um preço moderado, com o ISRO ajustando seu orçamento de cerca de US$ 93 milhões para toda a missão.

"Se [a missão] for bem sucedida, talvez todos os outros [países] vejam que iniciativa indiana realmente não precisava daquele sino ou apito extra", disse o astrobiologista da Universidade Nacional Australiana, Charles Lineweaver, citado pela Nature.

A agência está preparada para que os testes finais comecem dentro de três a quatro semanas, integrando todos os componentes do Chandrayaan-2, que consiste em um orbitador, um veículo de pouso e uma sonda.

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