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Humanidade
Campeã mundial se mostrou contrária a competidores que pintaram as unhas com cores do arco-íris: 'Nunca tivemos problemas assim na Rússia'.

Após os gritos de alegria e o choro no pódio ao receber o ouro pelo título mundial, Yelena Isinbayeva se mostrou polêmica. Em entrevista aos repórteres no estádio Luzhniki, em Moscou, a campeã do salto com vara condenou os atletas que pintaram as unhas com cores do arco-íris para apoiar o movimento gay. A musa afirmou que a atitude vai contra os costumes do povo russo.

- Se nos permitirmos promover e fazer esse tipo de coisas, tememos muito por nossa nação porque nos consideramos normais, com um padrão. Nós apenas vivemos com homens ao lado de mulheres, e mulheres ao lado de homens. Tudo deve estar bem. Isso vem da história. Nós nunca tivemos problemas assim na Rússia. E não queremos ter problemas assim no futuro – afirmou.

Nesta quinta-feira, ao menos dois atletas suecos competiram com as unhas pintadas com as cores dos arco-íris. Emma Green Tregaro, que ganhou uma medalha de bronze no Mundial de 2005, postou uma foto em seu Instagram dizendo: “Unhas pintadas com as cores do arco-íris”, seguida por uma série de hashtags, incluindo #orgulho.

Isinbayeva criticou a postura dos atletas suecos. Para a russa, os competidores estrangeiros precisavam respeitar os costumes de seu país.

- É desrespeitoso com o nosso país. É desrespeitoso com nossos cidadãos porque somos russos. Talvez sejamos diferentes de outros europeus e de pessoas de diferentes países. Nós temos nossa casa e todos devem respeitar. Quando chegamos a outros países, tentamos seguir as regras deles.

Tregaro afirma que a pintura de suas unhas foi uma sugestão de um amigo.

- Quando eu cheguei a Moscou e abri minhas cortinas, vi o arco-íris e isso me pareceu um tanto irônico. Então eu tive a sugestão de um amigo no Instagram de que eu poderia pintar as minhas unhas com as cores – disse, em entrevista a um jornal sueco.

Em entrevista à agência de notícias AP, a Federação Internacional de Atletismo (Iaaf) afirmou que as opiniões das duas atletas devem ser respeitadas.

- A constituição da Iaaf condiz com nosso princípio de não haver discriminação em termos de religião, política ou orientação sexual. Aliado a isso está nossas crença de que a liberdade de expressão é um direito básico, o que significa que devemos respeitar as opiniões de Green Tregaro e de Isinbayeva – disse Nick Davies, porta-voz da entidade.

A polêmica com o movimento gay tem se estendido durante toda a competição, assim como em relação aos Jogos Olímpicos de Inverno, no ano que vem, em Socchi. A Rússia tem uma lei que proíbe a propaganda homossexual. Vários atletas criticaram a posição do país, gerando, inclusive, um abaixo-assinado e uma ameaça de boicote.


Fonte: Globo Esporte

 

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